Qual resposta você daria ao seu pai se ele lhe fizesse a seguinte proposta: “filho, pode deixar a escola se quiser, contanto que assista comigo a três filmes por semana”? Isso seria um prato cheio para uma escarrada de cinéfilos (como nós). É isso que David Gilmour propõe ao seu filho Jesse, quando percebe o seu total desinteresse pelos estudos, e sua caminhada para a perdição, no livro “O Clube do Filme”.
O livro narra acontecimentos reais da vida do autor (David Gilmour), um crítico de cinema canadense desempregado, que está catando todo tipo de bico que lhe aparece pela frente, e do seu filho Jesse, um adolescente de 15 anos que está andando sem rumo e perdido no mundo, sem nenhuma expectativa de futuro. A mãe de Jesse, divorciada de David, crê que seja melhor para o menino ter a figura do pai integralmente ao seu lado, por ser homem e entender melhor o mundo masculino e o que passa em sua cabeça. Então, Jesse passa a morar com o pai. Sem saber o que fazer para ajustar a vida desregrada do filho e ao mesmo tempo lhe passar uma lição, David sugere uma proposta arriscada. O filho poderia deixar a escola com uma condição; que eles assistissem a três filmes por semana, escolhidos pelo pai.
Qual seria a sua intenção ao propor isso? David não quer um pretexto para ter o filho por perto e educá-lo a sua maneira, muito menos acabar de vez com a sua vida o privando de educação. Ele sabe que o cinema pode nos ensinar variados assuntos da vida e nos fazer refletir e reaver princípios. Essa seria a única educação que Jesse teria. É aí que o livro começa. É maravilhoso imaginar pai e filho sentados em um sofá assistindo e discutindo grandes obras cinematográficas. David relaciona de maneira sutil, a lição que um filme pode passar, com a vida real, e traça um belo e sincero retrato sobre as dificuldades encontradas pelos pais ao educar seus filhos, e a descoberta de um mundo de adultos com o crescer de um adolescente.
Mas em quê resultou essa experiência? Até onde durou o plano desse pai que propôs ao filho uma alternativa bastante curiosa e corajosa? Será que ele resistiu até o fim? Será que ele obteve êxito? Vocês terão que ler para saber. Um livro totalmente indicado pelo Cinemafia, que fará você ver o cinema sob outra ótica.
O bom é que se pode perceber a influência que “O Clube do Filme” causa nas pessoas. Não a ponto de deixarem a escola ou se desinteressarem pelos estudos, obviamente. Mas abrindo seus olhos para o mundo da Sétima Arte para que assim possam enxergar o quê de importante e valoroso ela traz.
A experiência do clube do filme foi igualmente desenvolvida por duas amigas, Adriana Barsotti (jornalista) e Nathalia Jordão (publicitária), que ao assistirem a um debate com David Gilmour, resolveram fazer uma versão despretensiosa de “O Clube do Filme” e criaram um blog com o mesmo nome. Segundo elas, os posts são movidos pela paixão e pela amizade, não pelo rigor da crítica. Vale a pena conferir: O Clube do Filme
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Lincoln Ferdinand
Estava buscando um presente para um cinéfilo especial.
Esse livro me aparece como uma dica valiosa e eu agradeço!!!
Valeu Lincoln!! ;)
Ainda não tem filme desse livro? Seria um ótimo enredo, bastante original e mais prazeroso pra aquelas pessoas que não gostam quase nada de ler e amam assistir filmes =P
Eu li este livro e achei bem interessante.
E é um bom manual para os cinéfilos de plantão
ahhh, bom saber…
então acho que irei ler esse livro!
e realmente largar os estudos pra assistir 3 filmes por semana com o pai é uma proposta tentadora!
Já te adicionei no msn e já te favoritei!
Quanto ao livro, já li e é realmente ótimo :D
O blog ‘O Clube do Filme’ é muito interessante também e eu já favoritei para ler com mais calma depois!
Adoramos o post! ;)
Nova entrevista com David e Jesse Gilmour que encontrei. Vale a pena.